terça-feira, 27 de julho de 2010

Florence - 4a.parte

Fotos da esquerda: 1. Uma das pontes de Florença 2.Fontana de Netuno na Piazza de la Signoria 3.Batistério de São João.
Fotos da direita: 1. Dentro do Palazzo Strozzi 2.Dentro do Mercato de San Lorenzo 3.Perceu - Piazza de la Signoria.
Tenho observado que muitos blogueiros detalham com exaustão obras e monumentos vistos nos lugares por onde passam. Essa não é minha intenção.
Aqui, eu pretendo fazer um relato pessoal e descontraído dos lugares por onde passo quando viajo, tal qual faria num diário. Isto porque, nas vezes em que busquei informações sobre algumas cidades, senti falta de dicas sobre locais interessantes fora do roteiro turístico. Como nós sempre buscamos fugir um pouco do lugar comum, considerei este um excelente espaço para compartilhar nossas experiências pessoais com outros viajantes. Então, voltemos ao assunto... Fazia um belo dia e nós decidimos acordar cedo para aproveitar bem cada minuto em Florença. Estar e passear em Florença dá um prazer enorme para qualquer turista porque a cidade é linda e palpitante. A gente se sente bem e bastante à vontade andando por suas vias e piazzas (talvez isso se deva às nossas raízes latinas). Lembrei de haver tido essa mesma sensação quando estive em Praga, capital da República Tcheca, mas essa história que pretendo contar mais adiante. Neste dia, fomos direto para a Chiesa di Santa Maria Novella, que fica na piazza de mesmo nome, a poucos metros da estação ferroviária principal de Florença (próxima ao hotel onde estávamos hospedados). Anexo à igreja, está o Grande Convento com seus claustros e o refeitório, partes integrantes do Museu di Santa Maria Novella.
A igreja é belíssima, além de um lugar bastante agradável, sem hordas de turistas como os que ficam em torno da Duomo e onde podemos apreciar algumas importantes obras do período renascentista.
Visitamos também a Basílica della Santissima Annunziata, localizada na Praça da Santíssima Anunciada e a Basílica di Santa Croce, principal igreja franciscana em Florença (diz a lenda diz que a igreja foi fundada pelo próprio São Francisco de Assis).
Nesta segunda Basílica estão os túmulos de Michelangelo, Maquiavel, Galileu, entre outras personalidades ilustres de Florença.
De lá, seguimos em direção a Galeria dell'Academia, cuja entrada era franca naquela semana, conforme eu disse em outras postagens.
A fila não estava muito grande, por isso, esperamos mais ou menos uma hora para entrar.
O acervo da Galeria dell'Academia não é tão vasto como o da Galeria degli Uffizi, mas vale à pena visitá-la, especialmente, porque lá temos a oportunidade de apreciar a perfeição de Davi (de Michelangelo).
De fato é uma obra impressionante! As pessoas param e se prostam em frente a Davi por incontáveis minutos e o legal é desviar a atenção do monumento para observar a expressão das pessoas admirando a obra.
Ninguém consegue ficar impassível diante de tamanha perfeição.
A obra é um verdadeiro triunfo da arte sobre a natureza.
Outro espaço bastante interessante da Galeria dell'Academia é a Galeria dos Cativos, onde podemos apreciar os cativos (ou escravos), também de Michelangelo, que foram idealizados para o túmulo do Papa Júlio II, mas não chegaram a ser utilizadas porque são obras incompletas do artista.
Existem outros espaços que dentro da Galeria dell'Academia que merecem atenção, como a Sala do Colosso, Sala dos Orcagna, mas, para mim, a visita à Galeria dell'Academia valeu mesmo pela Tribuna do Davi e a Galeria dos Cativos.
Depois de nos enhermos de cultura, resolvemos caminhar rumo à Piazza San Lorenzo (onde existe um lotado mercado de pulgas), para nos enchermos de presentes. Lá compramos regalos para amigos e parentes.
Nessa praça encontramos muitas peças em couro, como bolsas, sapatos e cintos, mas não achei os preços muito convidativos.
Em compensação, chaveiros, echarpes e colares com pingentes de vidro, tinham bons preços o que nos propiciou trazer lembrancinhas para todos.
Na praça de San Lorenzo está localizado o Mercato San Lorenzo que é um local maravilhoso para quem curte os prazeres da culinária.
Por ser um pouco chegada a esta arte, agrada-me muito temperos, massas, molhos de diferentes sabores e lá eu quase perco a noção do tempo por estar envolta a tantas delícias.
Vende de tudo no mercado, da carne ao vinho, massas, molhos frutas e verduras (as mais belas e cheirosas que eu vi), também compõem a lista.
Como não poderia deixar de ser, não resisti e comprei uns saquinhos com uma porção pronta com arroz arbóreo e limão desidratado (achei fantástico porque o sachê traz a porção exata para um jantar a três e é ideal para acompanhar uma saborosa carne suína), além de uma mistura de ervas aromáticas para preparar espaguete.
Para mim, trazer essas coisinhas para casa fazem a diferença em qualquer viagem.
Fazer essas comidinhas em casa e apreciá-las tomando um bom vinho nos dá um prazer imenso. Assim, dá para matar a saudade de Florença comendo um bom risoto ou uma deliciosa massa (acompanhada de um bom vinho, é claro!), vendo fotos e lembrando os nossos passeios.
As fotos que ilustram esse post não são de minha autoria, foram retiradas da web.
Isto porquê, como disse aqui em outras postagens, perdemos algumas fotos, principalmente as que tiramos em Monte Carlo, Nice e Florença. Uma pena...
Tem que provar:
1.Sanduíche da i fratellini, na Via dei Cimatori (entre a Duomo e a Piazza de la Singoria). O local remete a uma taberna, só que você é atendido no balcão e eles têm cardápio dos sanduíches em português (o que facilita muito a compreensão dos ingredientes). Um lanche composto de um sanduíche (de pão italiano saborosíssimo) com uma taça de vinho chianti não custa mais do que 4 euros e você sai super satisfeito.
2.Sorvete da Gelateria Perché no!, na Via Tavolini, 19R. Os gelatos são fantásticos, mas peça o sorvete de tiramisú e seja feliz!!
3.Bisteca fiorentina do Restaurante Ponte Vecchio, na Lungarno Archibusieri 8/r. É simplesmente fantástica! Mas antes peça a bruschetta de entrada e não esqueça de pedir um bom vinho para acompanhar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Florence - 3a.parte

É tanta coisa pra contar que só assim mesmo, em partes. Vamos lá, então...
Continuando o 2º dia em Florença... Depois de almoçarmos na Trattoria Ponte Vecchio, decidimos conhecer a Galeria degli Uffizi. Tivemos muita sorte porque chegamos em Florença exatamente na semana em que as entradas eram francas em qualquer museu. Essas coincidências representam uma economia enorme para quem viaja pela Europa, já que a maioria das entradas varia entre 15 a 20 euros, por pessoa. Multiplique isso por dois e já dá para perceber uma diferença para qualquer viajante. Agora imaginem a fila para adentrar na Galeria durante essa semana de entrada free...Sem noção!!! Passamos pelo menos duas horas numa fila gigantesca. Foi torturante, mas valeu à pena esperar. A Galeria tem um belo acervo, mas tudo é da fase renascentista (como era de se esperar, claro!). Ali, deparamo-nos com obras dos maiores artistas Renascentistas, como Leonardo da Vinci e Rafael, além de Michelangelo. Uma das mais famosas (e belas) obras que vi nesse museu, foi o Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli. Tempo perdido na fila, menos tempo para apreciar todas as obras do museu que, nesse dia, fechava às 18:00 hs. Mas, valeu muito a visita, pois a Galleria degli Uffizi é uma das maiores atrações turísticas de Florença e um dos mais importantes museus do mundo. Já era tarde quando saimos da Galeria, então, resolvemos testar mais uma dica da revista Viagem e Turismo. Na edição de de março/2008, a repórter Danielle Pergamente, do New York Times, fez uma reportagem sobre como passar 36 horas em Florença, propondo uma maneira quase desconhecida de explorar a capital do Renascimento: sem hordas de turistas, frequentando achados locais e provando as maiores delícias. A reportagem é muito boa, principalmente, porque dá dicas de lugares pouco turísticos, o que nos agrada muito. E foi assim que chegamos à Via del Monte, uma rua que fica do lado oposto da Ponte Vecchio (de quem está do mesmo lado da Galeria degli Uffizi).
A jornalista citou o nome de alguns barzinhos nas proximidades dessa rua como sendo excelentes opções para comer bem com uma taça de vinho por um preço acessível (cerca de 8 euros). Bem, como já falei aqui, nós costumamos testar mesmo essas dicas e fomos direto ao bar indicado na reportagem: Fuori Porta.
Segundo disse a jornalista, lá deveríamos pedir uma taça de vinho que o aperitivo estaria automaticamente incluso. Fizemos exatamente como ensinado e nada aconteceu, não recebemos nenhum aperitivo acompanhando o vinho. Decidimos, então, pedir a conta e sair à francesa, com a impressão de que tinha havido algum engano na reportagem. Descendo a Via del Monte, deparamo-nos com o Rifrullo (Via San Niccolo) cheio de gente na sua entrada. Decidimos entrar para ver se valia à pena tomar um drink e petiscar alguma coisa (já que os preços do Fuori Porta eram um pouco salgados). Pedimos uma taça de vinho para cada e, (pimba!), a garçonete nos perguntou se queríamos pagar só pelo vinho (5 euros) ou o vinho mais aperitivo (8 euros).
Arriscamos no vinho com aperitivo e percebemos que a jornalista não tinha errado tanto quanto haviamos pensado. No balcão do bar estavam servidos pratos quentes e frios, pastas, patês, canapés, torradas, enfim, várias opções de comida das quais as pessoas podiam se servir à vontade e várias vezes sem precisar pagar por outra taça ou drink. Um farto e delicioso jantar por oito euros!! Mas o melhor jantar aconteceu mesmo na noite seguinte, no Zöe (que fica bem próximo da Via San Niccolo). Os aperitivos desse barzinho foram imbatíveis!
Tinha cuzcuz marroquino, pastas quentes e frias, risoto de frutos do mar, bruschetta, canapés, enfim, uma variedade imensa de comida por 8 euros com uma taça de vinho! Depois percebemos que a maioria dos bares de Florença aderiu a esse tipo de happy hour e tem atraído muita gente nesse período de vacas magras da economia européia.
Prova disso é que não só os bares um pouco mais distantes do centro nervoso da cidade atraem fregueses com o drink+aperitivos, no Moyo, um barzinho super transado que fica na Via dei Benci, também serve comidinhas deliciosas para os clientes que pedem bebida ou vinho.
Amei! Achei uma excelente idéia para atrair fregueses (atrai e muito!).
Deveríamos adotá-la, também, aqui no Brasil.

Florence - 2a parte

Continuando...
Dia seguinte, renovados e bem alimentados, saímos com intuito de desbravar Florença, berço do renascimento italiano. O dia estava chuvoso e fazia um pouco de frio, mas nada comparado àquele vivenciado no inverno europeu. A temperatura oscilava em torno dos 15ºC, excelente para caminhar porque a gente não transpira nada. Seguimos rumo à Piazza della Signoria, praça central da cidade e um verdadeiro museu a céu aberto, onde estão expostas importantes obras do Renascimento Italiano. Nesta praça podemos visitar, também, o Palazzo Vecchio, atual sede do município florentino e a Loggia dei Lanzi, onde podemos apreciar esculturas da Antiguidade Clássica a céu aberto e sem pagar nada. Quem quiser, pode ler um pouco mais sobre essa importante obra florentina aqui. O bom de estar em Florença é que lá o turista tropeça, literalmente, na história a todo momento. Na Piazza del Duomo, encontra-se a Basília Santa Maria del Fiore, o Duomo da Arquidiocese da Igreja Católica Romana de Florença, com sua cúpula e campanário belíssimos. Apesar da chuva (que não parou um segundo neste dia), a fila para entrar nessa igreja estava enorme, mas não hesitem em enfrentá-la, pois deixar Florença sem conhecer este importante monumento é um sacrilégio! A poucos passos da igreja encontramos monumentos de relevada importância: Capanile di Giotto e o batistério dedicado a São João Batista. Esses monumentos, juntamente com a Basílica, compõem um pequeno complexo ao redor da Piazza del Duomo e a maior concentração de pessoas fica mesmo em frente da Duomo (quem quiser saber mais sobre a Basília pode acessar aqui) Dirigimo-nos, então, para a Ponte Vechio, erguida sobre o rio Arno. Uma construção que remonta a época romana que não foi danificada durante a Segunda Guerra Mundial pelos alemães, dizem, que devido a uma ordem direta de Hitler. A ponte possui uma fila de casinhas nos dois lados onde ourives e joalherias vendem jóias e bijouterias finas. O apelo para o turista investir num "regalo" é enorme. A mulherada se realiza naquele lugar!!! Fizemos uma rápida pesquisa, pois Hélio cogitou comprar-me um anel para eternizar aquele momento, mas os preços não estavam nada convidativos. A Ponte Vechio é bonita, diferente das demais de Florença e de todas que já vi, mas não se parece muito com uma ponte e sim com uma galeria comercial.
Não é um lugar que você passe e tenha uma boa visão da cidade. Lá você só tem olhos para as vitrines que te convidam para gastar... Você pode ler um pouco mais sobre a Ponte Vechio neste site. Depois de tanto andar, resolvemos parar para almoçar. Durante as semanas de intenso planejamento desta viagem, separamos algumas dicas de restaurantes retiradas de blogs e revistas, principalmente, da revista Viagem e Turismo, da qual somos assinantes há alguns anos. Numa de suas reportagens, de abril de 2010, uma jornalista indicou a Trattoria Ponte Vechio como sendo um lugar para o turista fazer uma boa refeição a um custo modesto. Nesse ponto, somos turístas acidentais mesmo, pois, ainda que não façamos exatamente o que algumas boas dicas aconselham, vamos lá só pra conferir. E foi por esse motivo que almoçamos no tal restaurante. Através da reportagem, soubemos que um bom almoço não sairia por mais de 20 euros por pessoa (com bruschetta de entrada, lasanha, vinho da casa e tiramisu). Tudo estava batendo perfeitamente com o relato da jornalista, mas nós decidimos fugir um pouco do menu turistico e pedimos uma bisteca florentina (que custava 40 euros o quilo).
O dono (uma simpatia de pessoa) e o lugar não poderiam ser mais apropriados para saborear esse típico prato: o local fica de frente para o Rio Arno e olhando para a Ponte Vecchio.
Sem comentários! A bruschetta é sensacional e a bisteca, hummm..., nem sei se falo!!!
O vinho também não foi o da casa (como recomendado pela revista), pedimos um Pio Cesare delicioso e ficamos ali apreciando aquele momento segundo a segundo.
Até que a conta veio e estragou tudo!
Oitenta euros!
Bom, mas valeu.
Acho que o sabor da bruschetta, da bisteca e do vinho nunca sairão de minha memória.
No fim, são momentos e prazeres como esse que fazem a diferença em qualquer viagem.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Florence - 1a parte

Chegamos à Florença por volta da meia noite do dia 24.04.10.
Havíamos reservado, previamente, pela Bancorbrás, um quarto no Best Western Select Hotel, localizado na Via Giuseppe Galliano.
Esse hotel é um muito bom, só que distante daquela região onde está situada a Ponte Vechio e a Galleria Degli Uffizi, mas como Florença tem pontos turísiticos espalhados por toda parte, não fez muita diferença, nesse aspecto.
É legal usar a Bancorbrás na Europa, afinal, pagamos pouquíssimo pelas hospedagens nos hotéis conveniados à rede. Basta se informar através da reserva internacional ou neste site sobre as opções existentes na cidade que você pretende visitar, reservar e pagar uma taxa extra bem menor do que a diária cobrada pelos hotéis (nesse hotel de Florença, por exemplo, nós pagamos 16 euros por dia e o total foi debitado no cartão de crédito), lembrando que essa taxa não é cobrada quando reservamos hotéis filiados à rede aqui no Brasil. Mas tem lá suas desvantagens. Uma delas é que, em alguns lugares, a Bancorbrás não oferece opções próximas ao centro turístico, e esse foi o caso de Florença. Ficamos um pouco afastados do “freje”(nada que cerca de 7 minutos de ônibus não resolvesse), mas bom mesmo é sair do hotel com o pé no agito. E, claro, nem credicard paga poder ficar perambulando até mais tarde pelas ruas de Florença sem se preocupar com horário de ônibus para voltar ao hotel... Além do mais, é bom lembrar que em Florença existem hotéis muio bons, próximos à Ponte Vechio, por 80 euros. Bom, esta noite eu estava morta e decidi voltar para o hotel, mas Hélio teve corajem por nós dois e saiu à caça de comida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Monte Carlo e Nice

Voltando à viagem... 
Depois de dois dias descansando em Iseo, resolvemos conhecer Mônaco e Nice, na França, nos dias 21 e 24/04/10. Decidimos fazer esse percurso pela auto estrada porque seria mais rápido, mas tem uma rota pelas montanhas que dividem a Itália da França, inclusive, eu acho que esse trajeto deve ser bem mais interessante do que pela auto estrada. Chegamos em Mônaco em menos de quatro horas de viagem. Acho que como muita gente, eu sempre associei a imagem do Principado ao GP, inclusive, porque o circuito da Fórmula 1 é nas ruas e avenidas de Monte Carlo, um dos seus bairros.
Claro que caminhar sem pressa por lá é bem melhor do que assistir àquelas máquinas barulhentas pela televisão. Estivemos em Mônaco duas semanas antes do GP que aconteceria em 16.05.10 e Monte Carlo já estava se preparando para receber os milhares de visitantes que vão lá só para assitir à corrida. Arquibancadas estavam sendo montadas e deu para sentir um pouquinho o clima que envolve o Grande Prêmio.
Mas o que eu posso dizer de Monte Carlo? Bem, é o lugar onde luxo e riqueza se materializam. Deixam de ser subjetivas para se tornarem palpáveis e visíveis. Lá não tem nada mais ou menos. Nenhum iate mais ou menos. Nenhum edifício mais ou menos. O Cassino Monte Carlo e o Hotel de Paris também não são mais ou menos. Tudo é tão perfeito e lindo que dá até para desconfiar. O lugar tem cor e é vibrante. Inevitável não imaginar as baladas frequentadas pelos mais mais do mundo.
Pessoas entram no Cassino Monte Carlo e deixam verdadeiras furtunas jogando por prazer, por não terem nada mais importante para fazer na vida.
Dondocas estacionam seus carrões em frente ao suntuoso "templo do jogo", enquanto funcionários do cassino as segue levando seus cachorrinhos no braço. São situações somente vistas em filmes. Isso existe e acontece a todo momento em Monte Carlo.
Só que a gente fica pensando no outro lado, naquele jargão que diz: uns com tanto e outros com tão pouco...
Será que as pessoas que frequentam o cassino e deixam alguns mil euros nas lojas de grifes internacionais se preocupam com os desabrigados da enchente que acometeu Alagoas e Pernambuco? Com o terremoto que devastou Porto Principe? Acho que não... Bom, mas cada um sabe o que deve fazer com o seu dinheiro e minha intenção é apenas retratar uma impressão minha sobre os lugares por onde andei.
Depois de um breve passeio, optamos por almoçar num restaurante (bonzinho) que fica na Avenue d'Ostende (não lembro o nome dele agora e, como já disse, perdi muitas fotos da viagem).
Seguimos, então, para Nice ( que fica a mais ou menos uma hora de carro de Mônaco). Apesar da proximidade, Nice não se parece em nada com o famoso Principado.

Centrinho boêmio de Nice
 É uma cidade como outra qualquer onde eu tive uma sensação de insegurança. Não sei bem o motivo. Talvez seja porque, após as 22:00 hs, as ruas fiquem desertas e jovens, com aparência de arruaceiros, transitam pelas avenidas principais.
Mendigos também são vistos por todos os lugares, e, pasmem, limpadores de vidro de carro (bilingues) podem ser vistos nas ruas aos arredores do centro turístico. A praia é esquisitíssima (e feia), com pedras semelhantes a seixos, onde jovens enrolam e fumam maconha sem serem importunados. Achei que o centro comercial se parece com o Saara, no Rio de Janeiro (daí se nota que eu não gostei mesmo de Nice), com ruas estreitas e a grande maioria das apertadas lojas vende de tudo um pouco. Nada demais.
Lá, ficamos no Hotel Le Florence, na rue Paul Déroulède. Hotel muito bom para quem quer ficar bem localizado. Ele fica bem próximo da Galeria Lafayette (sim, Nice também conta com uma Galeria Lafayette, que, por sinal, eu achei mais em conta do que a de Paris), e dá pra fazer tudo à pé. Dormimos uma noite em Nice e, no dia, seguinte, ao retornarmos à Itália paramos em Alassio para almoçar. Como era de se esperar, Alassio estava praticamente deserta. Alguns moradores e poucos desavisados, como nós, andavam pelo lugar, pois o agito mesmo acontece nos finais de semana.
É uma cidade bonita, mas sem grandes atrativos. Deve agradar mesmo aos turistas europeus e moradores da Região da Ligúria, onde está localizada. Franco nos disse que essa comuna italiana é bastante visitada durante o verão. Bom, de Alassio, deveríamos pegar um trem para Gênova´, onde pegaríamos outro com destino à Florença. Essa era nossa intenção, mas, por mais absurdo que possa parecer, pegamos um trem de volta à Ventimiglia (cidade que faz divisa com a França), ou seja, voltamos ao ponto de partida!
Um descuido que nos custou mais tempo nas estações à espera de outros trens com destino à Forença, nosso principal destino desta viagem. Chegamos à meia noite em Florença, quando deveríamos ter chegado por volta das 21:00 hs.
E olhem que essa não foi nossa primeira viagem para fora nem a primeira vez que viajamos de trem pela Europa!
Vêem que não exagero quando digo que a fumaça de cinza do vulcão nos acompanhou por toda a viagem?
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