Peter Mayle, autor inglês da obra Um Ano na Provence sugere que, para conhecer a Provence profunda, autêntica, deve-se explorar o interior ao norte de Mont Ventoux, a pé ou de biscicleta, e se perder.
Para ele, o Luberon é impressionante. Vilas como Bonnieux, Menérbes e Gordes, só podem ter sido feitas para ser fotografadas. Eu não conheci as duas primeiras, mas Gordes é destino obrigatório para quem vai à região.
Não preciso dizer que o livro é uma leitura obrigatória para quem pretende conhecer essa fantástica região francesa. Folheando suas páginas, você encontrará tudo o que precisa saber para aproveitar o que a Provence oferece de melhor.
Neste blog, você pode conferir dica dada pelo Peter (olha que intimidade...rsrsrs), em entrevista para a repórter Rachel Verano, que repete o que venho dizendo em todos os posts que escrevi sobre a Provence: "Escolha uma base, alugue um carro e planeje uma série de viagens. Há tanta coisa para ver que você não precisará ir muito longe. E, independentemente de onde estiver, não corra. Relaxe! Lembre-se de que você sempre poderá voltar."
Depois que você conhece um ou dois vilarejos da Provence, nem precisa ser Peter Mayle para constatar isso, pois este é o espírito da região e de seus habitantes.
Chegamos em Aix pela manhã e resolvemos sair pela cidade sem rumo certo. Não tínhamos muito tempo e, pra dizer a verdade, em Aix, não seguimos os conselhos que venho dando aqui. Já diz sabiamente o ditado popular: "Faze o que digo, mas não faze o que faço".
Espere, deixe-me explicar. Isso somente aconteceu porque o tempo era curto já que tínhamos que voltar para Itália no mesmo dia e ainda pretendíamos passar em Grasse (totalmente dispensável, a meu ver), antes de pegarmos a estrada de volta a Centallo.
Então, pernas para que te quero!!! Andamos por Aix apenas para ter uma impressão do lugar e me arrependo de não ter dedicado ao menos um dia para conhecê-la melhor, já que a cidade é extremamente vibrante.
É uma cidade que foge um pouco dos padrões provençais aos quais já estávamos nos acostumando.
A população que transita em Aix é jovem, atraída por suas universidades e escolas de artes.
Outra curiosidade que vale a pena mencionar é que Aix é a terra natal do pintor Paul Cézanne e, do mesmo modo que as pessoas visitam Saint-Rémy-de-Provence em busca de vestígios da passagem de Van Gogh, em Aix as pessoas procuram rastros desse famoso artista. E não é difícil achá-los, já que várias calçadas estão marcadas com a letra C dourada, indicando seus passos.
Quem pretende visitar a cidade não pode deixar de conhecer o Atelier Cézanne (que permanece intacto desde sua morte), e, outra dica de um bom passeio foi dada por Rachel Verano, no blog Viajar Bem e Barato:
"Uma dica que quase ninguém conhece e que foi uma grata surpresa graças a uma velhinha que nos interceptou no meio da rua: ao sair do ateliê, continue subindo a rua até encontrar umas escadinhas do lado esquerdo. No alto delas fica uma pracinha onde Cézanne pintou vários quadros – réplicas dos principais deles estão lá (é curioso comparar como a vista mudou com o crescimento da cidade)". Essa nós não conhecíamos e ficou a vontade de voltar lá pra conferir.
A principal rua da cidade se chama Cours Mirabeau (a rua é cheia de árvores de um lado e do outro), e com cafés, livrarias e jovens circulando. Um astral.
Vale à pena também fazer uma caminhada pela cidade antiga e pelo Quartier Mazain. Tem mercados e cafés por lá também.
Imprescindível mesmo é fazer uma parada na doceria Béchard (que tem mais de um século). Os doces são uma perdição de tão gostosos e o visual da loja faz você, literalmente, comê-los com os olhos.
Então, fica aqui a minha dica:
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