Continuando o 2º dia em Florença... Depois de almoçarmos na Trattoria Ponte Vecchio, decidimos conhecer a Galeria degli Uffizi. Tivemos muita sorte porque chegamos em Florença exatamente na semana em que as entradas eram francas em qualquer museu. Essas coincidências representam uma economia enorme para quem viaja pela Europa, já que a maioria das entradas varia entre 15 a 20 euros, por pessoa. Multiplique isso por dois e já dá para perceber uma diferença para qualquer viajante. Agora imaginem a fila para adentrar na Galeria durante essa semana de entrada free...Sem noção!!! Passamos pelo menos duas horas numa fila gigantesca. Foi torturante, mas valeu à pena esperar. A Galeria tem um belo acervo, mas tudo é da fase renascentista (como era de se esperar, claro!). Ali, deparamo-nos com obras dos maiores artistas Renascentistas, como Leonardo da Vinci e Rafael, além de Michelangelo. Uma das mais famosas (e belas) obras que vi nesse museu, foi o Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli. Tempo perdido na fila, menos tempo para apreciar todas as obras do museu que, nesse dia, fechava às 18:00 hs. Mas, valeu muito a visita, pois a Galleria degli Uffizi é uma das maiores atrações turísticas de Florença e um dos mais importantes museus do mundo. Já era tarde quando saimos da Galeria, então, resolvemos testar mais uma dica da revista Viagem e Turismo. Na edição de de março/2008, a repórter Danielle Pergamente, do New York Times, fez uma reportagem sobre como passar 36 horas em Florença, propondo uma maneira quase desconhecida de explorar a capital do Renascimento: sem hordas de turistas, frequentando achados locais e provando as maiores delícias. A reportagem é muito boa, principalmente, porque dá dicas de lugares pouco turísticos, o que nos agrada muito. E foi assim que chegamos à Via del Monte, uma rua que fica do lado oposto da Ponte Vecchio (de quem está do mesmo lado da Galeria degli Uffizi).
A jornalista citou o nome de alguns barzinhos nas proximidades dessa rua como sendo excelentes opções para comer bem com uma taça de vinho por um preço acessível (cerca de 8 euros). Bem, como já falei aqui, nós costumamos testar mesmo essas dicas e fomos direto ao bar indicado na reportagem: Fuori Porta.
Segundo disse a jornalista, lá deveríamos pedir uma taça de vinho que o aperitivo estaria automaticamente incluso. Fizemos exatamente como ensinado e nada aconteceu, não recebemos nenhum aperitivo acompanhando o vinho. Decidimos, então, pedir a conta e sair à francesa, com a impressão de que tinha havido algum engano na reportagem. Descendo a Via del Monte, deparamo-nos com o Rifrullo (Via San Niccolo) cheio de gente na sua entrada. Decidimos entrar para ver se valia à pena tomar um drink e petiscar alguma coisa (já que os preços do Fuori Porta eram um pouco salgados). Pedimos uma taça de vinho para cada e, (pimba!), a garçonete nos perguntou se queríamos pagar só pelo vinho (5 euros) ou o vinho mais aperitivo (8 euros).
Arriscamos no vinho com aperitivo e percebemos que a jornalista não tinha errado tanto quanto haviamos pensado. No balcão do bar estavam servidos pratos quentes e frios, pastas, patês, canapés, torradas, enfim, várias opções de comida das quais as pessoas podiam se servir à vontade e várias vezes sem precisar pagar por outra taça ou drink. Um farto e delicioso jantar por oito euros!! Mas o melhor jantar aconteceu mesmo na noite seguinte, no Zöe (que fica bem próximo da Via San Niccolo). Os aperitivos desse barzinho foram imbatíveis!
Tinha cuzcuz marroquino, pastas quentes e frias, risoto de frutos do mar, bruschetta, canapés, enfim, uma variedade imensa de comida por 8 euros com uma taça de vinho! Depois percebemos que a maioria dos bares de Florença aderiu a esse tipo de happy hour e tem atraído muita gente nesse período de vacas magras da economia européia.
Prova disso é que não só os bares um pouco mais distantes do centro nervoso da cidade atraem fregueses com o drink+aperitivos, no Moyo, um barzinho super transado que fica na Via dei Benci, também serve comidinhas deliciosas para os clientes que pedem bebida ou vinho.
Amei! Achei uma excelente idéia para atrair fregueses (atrai e muito!).
Deveríamos adotá-la, também, aqui no Brasil.
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